
É apenas “rock’n’roll” e é fantástico: 5 músicas do novo Greta van Fleet
“The Falling Sky”
É perfeitamente natural que ninguém saiba onde fica Frankenmuth: tem pouco mais de 5 mil habitantes e nada de especial recomenda essa localidade no Michigan a 150 quilômetros de Detroit. Mas de uns anos para cá a cidade consta em alguns mapas – nomeadamente os de seguidores do velho “rock’n’roll” – mesmo que agarrados à uma poderosa reconstrução de tempos idos.
“Fate of the Faithful”
Aconteceu que os irmãos Kiszka (os gêmeos Josh e Jake e o irmão mais novo, Sam) acompanhados do baterista Danny Wagner, irromperam furiosos e arrebentaram a porta de um “mainstream” onde o “rock’n’roll” agoniza com uma potente reciclagem – de Led Zeppelin, obviamente, mas de muito mais dos dinossauros que caminhavam sobre a Terra antes do meteoro “punk”.
“The Archer”
Mas relevante mesmo é que toda essa bricolage das velhas peças de museu surgem com uma sensacional fluidez, criando uma energia que junta os pedaços para um resultado esmagadoramente orgânico e até, aqui e ali, surpreendentes – como os arranjos quase progressivos da maravilhosa “The Archer” ou do diálogo do baixo com os vocais à Yes de “The Indigo Streak”. Se dúvidas há é só ficar pela voz de Josh enquanto eclode épica em “Fate to the Faithful” ou lança-se em queda livre na poesia visceral de “The Falling Sky”.
“The Indigo Streak”
Um grande álbum de “rock’n’roll”, numa época que a pirralhada parece não precisar dele para encher as estatísticas do Spotify. Não faz mal: resistência.
“Sacred the Thread”