Joseph Roth narra a “Fuga sem Fim” dos judeus da Europa Central
“Fuga sem Fim” foi lançado originalmente em 1927 e trata da perspectiva de Roth, remanescente após a queda do Império Austro-Húngaro na 1ª Guerra Mundial, sobre a vida dos judeus que perderam a pátria multicultural na qual se reconheciam. O livro chega às livrarias pela Leya, chancela Dom Quixote. “Franz Tundra era um jovem sem…
Solidão em Macondo
Aureliano e José Arcadio são nomes que se repetem ao longo de “Cem Anos de Solidão”. Úrsula, Amaranta e Remedios, também. Embora estes nomes sejam repetidos, a palavra e o sentimento que mais se repercute e perpassa por cada frase, termo e pontuação deste monumento literário é a solidão. A nostalgia também faz parte, inclusive…
Era uma vez nos Pirenéus … “Eu Canto e a Montanha Dança”, a confirmação de uma nova e grande escritora!
Enquanto não chegam ao nosso mercado editorial as traduções portuguesas de ”Bestiá” [poesia] ou de “Et Vaig Donar Ulls I Vas Mirar Les Tenebres”, contentamos – um pouco tarde até, tendo em conta o lançamento em 2019 – com “Eu canto e a Montanha Dança” (“Canto jo i la muntanya balla”), o primeiro trabalho ficcional…
“Infância de Quarenta e Nove”. A ficção curta de Ludmila Ulitskaia
Em “Infância de Quarenta e Nove”, de Ludmila Ulitskaia, encontramos uma série de contos que no seu interior abordam sub-repticiamente o contexto histórico, expõem as dificuldades encontradas pelas personagens e as privações que conhecem. Mas, acima de tudo, estes contos trazem generosas doses de esperança. Não contem sair desesperados no final de cada pequena história…
“O Desencanto”. Beatriz Serrano traz o descontentamento de uma geração
É praticamente impossível terminarmos de ler “O Desencanto” e não o colocarmos lado a lado com “O meu ano de repouso e relaxamento”, de Ottessa Moshfegh. As protagonistas de ambos os livros são sardónicas, estão descontentes com o seu quotidiano, apresentam um certo desprezo por quase todos aqueles que as rodeiam, procrastinam como poucas, fazem…
“Olhos d’Água”. A entrada da Orfeu Negro na ficção.
A escrita de Conceição Evaristo é de um lirismo doloroso, melancólico, triste, que toca em feridas profundas da nossa sociedade, do que é ser mulher, do que é ser negro, do que é ter nascido sem privilégios, sem futuro. Os contos de “Olhos d’Água” desenrolam-se maioritariamente em locais contaminados pela pobreza, muitas das vezes marcados…
“Huaco Retrato” – O passado e o presente de Gabriela Wiener
Alguma da literatura contemporânea peruana embrenha-se com vigor, engenho e doses generosas de reflexão pela vida de familiares próximos dos autores ou das personagens principais. Estes temas surgem ainda associados a uma busca pela identidade por parte dos escritores e/ou protagonistas, bem como pelo contexto histórico que rodeia o enredo. Existe uma forte reflexão sobre…
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