À espera de “Oppenheimer”: 10 curiosidades sobre o projeto Manhattan
A 2ª Guerra Mundial não foi apenas o palco de atrocidades sem precedentes e de um genocídio planeado em torno de uma mesa e perfidamente designado como Solução Final: também foi aqui que os propósitos militares serviram aos líderes para pressionar os seus cientistas a construir a mais letal arma possível.
Com alta tecnologia a serviço da forma mais eficiente de matar o maior número de seres humanos possível, os Estados Unidos deram início ao projeto Manhattan – cujo propósito era bastante explícito: construir a bomba atômica. Os alemães já tinham os seus estudos avançados e hoje é curioso imaginar o que tal equipamento significaria nas mãos de um lunático como Adolf Hitler.
Em agosto de 1945 os japoneses tiveram a prova da triste eficácia do Projeto Manhattan – liderado pelo gênio de Robert Oppenheimer.
10 curiosidades sobre o projeto Manhattan
O local escolhido para o laboratório que iria reunir um considerável grupo de cientistas para um intenso trabalho de construção da bomba foi Los Alamos, a 53 quilômetros de Santa Fé, no Novo México. Um dos fatores que lideraram foi o fato de ser remoto.
No auge da produção, entre 1942 e 1946, o projeto chegou a ter 130 mil trabalhadores.
O projeto Manhattan consumiu o equivalente a 24 U$ bilhões no dinheiro atual – grande parte em construção de fábricas para fornecer material para a operacionalização da fissão nuclear.
30 locais diferentes, incluindo espaços fora dos Estados Unidos, como Canadá e Inglaterra, sediaram operações do projeto.
Em julho de 1945 a primeira experiência de explosão ocorreu no Novo México, o chamado Trinity Test (foto de abertura).
A escolha de Robert Oppenheimer causou surpresa, visto o físico ter alguns posicionamentos políticos de esquerda e nunca ter liderado nenhum projeto em larga escala. Ao mesmo tempo, preocupava o facto de ele não ter um Nobel, algo que poderia comprometer o seu prestígio junto ao grupo que ia liderar..
Oppenheimer quis também ter um cargo militar, embora tenha falhado nos testes físicos, que o consideraram abaixo do peso, detetor de uma tosse crónica assim como nas coisas. A ideia também era administrar inevitáveis conflitos entre cientistas e militares.
Vários cientistas alemães participaram do projeto.
Apesar da rigorosa confidencialidade, a espionagem soviética foi bem-sucedida e conseguiu roubar tecnologia para a construir a sua própria bomba atômica.
Em agosto de 1945 os habitantes de Hiroshima e Nagasaki testemunharam que o projeto Manhattan havia sido bem-sucedido: as bombas lançadas sobre as cidades mataram 110 mil pessoas de forma instantânea.